segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Condenado por não fazer nada



Uma senhora idosa tinha aguardado a vida toda a oportunidade de viajar de trem. Queria contemplar o máximo possível, devorar cada paisagem com os olhos e desfrutar tudo quanto pudesse dos quilômetros percorridos. Entrou muito decidida e quando o trem partiu, começou a acomodar os pacotes e cestos que trazia, tentou arrumar confortavelmente sua poltrona, acomodar as cortinas, ajeitar-se direitinho e de repente, quando já estava pronta a começar a contemplação da paisagem, o condutor citou o nome da estação à qual se dirigia. “Que pena”, disse ela, “se eu soubesse que chegaríamos tão depressa não teria perdido meu tempo com ninharias”.

Você pode sorrir enquanto lê esta anedota, mas na melhor das hipóteses a nossa viagem pela vida é relativamente curta. Não podemos desperdiçar o tempo com ninharias, mas ser diligentes e responsáveis na administração das quatro áreas da vida: o tempo, os tesouros, os talentos e o corpo que Deus nos deu.

O texto de Lucas 19:22 (“Respondeu-lhe: Servo mau, por tua própria boca te condenarei. Sabias que eu sou homem rigoroso, que tiro o que não pus e ceifo o que não semeei”) foi encontrado sublinhado na Bíblia de Dwigt L. Moody, e ao lado do verso, uma nota manuscrita por ele mesmo: “Condenado por não fazer nada”.

A vida de Moody foi justamente uma vida de ação. Criticado por outros por causa do péssimo inglês que falava, nunca se amedrontou e em certa ocasião, quando alguém lhe disse que cometia muitos erros gramaticais, Moody respondeu: “Eu sei que cometo muitos erros, e tenho falta de muitas coisas, mas estou fazendo o melhor que posso com o que tenho”. Então fixou o olhar no homem e acrescentou: “Olhe aqui amigo, você possui bastante gramática. O que está fazendo com ela para o Mestre?”

Se a vida não dura mais do que 80 ou na melhor das hipóteses 90 anos, por que ficar de braços cruzados, desculpando a nossa inatividade no fato de que não nos apoiam ou nos criticam? A única maneira de não ser criticado é não fazer nada, mas mesmo assim, você se perderá por não ter feito nada.

Viver a vida é aceita-la com seus riscos e desafios, é colocar cada gota de sangue e cada grama de energia para construir um sonho, é buscar nosso lugar no mundo, é criar oportunidades e não permanecer assentados, sentindo compaixão de nós mesmos e achando-nos os coitados da vida.

Pergunte-se esta manhã, o que foi que você já construiu na vida? Quais são seus sonhos? Para onde você vai? Como pensa alcançar seus objetivos?

Os que cada dia permanecem aos pés de Jesus, receberão poder dEle e não ficarão satisfeitos com o pouco que conseguiram. E isto, vale também para nós como Igreja.

Quanto avançamos? É tudo o que podemos fazer? Estamos contentes com tão pouco?

(Alejandro Bullon)

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