quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O que Deus vê em seu coração?


A Bíblia diz em I Samuel 16:7 que “o Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração”.

Não é consolador saber que Deus não nos julga como outras pessoas geralmente o fazem? Ou da maneira crítica como nós algumas vezes nos julgamos? Deus se ocupa do que está em nosso coração. Isso significa que Ele se importa com pensamentos, paixões, atitudes e se confiamos nEle e amamos Seus caminhos. Ele não valoriza aparência, posição social ou financeira, ou qualquer medida exterior que o mundo considere importante.

A escolha de Davi – alguém conhecido como um homem segundo o coração de Deus – demonstra a ênfase divina nas características interiores. O status de Davi na família era tão pequeno que nem sequer foi chamado para encontrar-se com Samuel. Davi era o filho mais moço, que cuidava das ovelhas. No entanto, ele foi escolhido para ser o rei, para realizar grandes feitos e fazer parte da linhagem da qual viria o Salvador que Deus enviaria a Israel. Deus, é claro, não via Davi como até a própria família o via.

O que Deus vê em seu coração? Faça um levantamento minucioso. Primeiro, ore pedindo que Deus revele, e depois remova qualquer coisa indevida em seu coração – ressentimentos, ira, pensamentos pecaminosos. Segundo, ore por coisas grandes, sabendo que, se Deus pôde usar um jovem pastor, Ele pode usar qualquer um para grandes realizações! (Stormie Omartian)

MEDITAÇÃO

31 de outubro Quarta

O Triunfo da Luz

A Luz da vida brilhou nas trevas, e as trevas não conseguiram apagá-La. João 1:5, The Message

Nunca conseguiram, nunca conseguirão: as trevas não podem apagar a luz. Às vezes, as trevas são tão densas que parece que conseguiremos tocá-las. São impenetráveis, parecem estar totalmente distantes da Luz; mas a Luz vem e dissipa as trevas.

Sou otimista. De vez em quando, encontro ou fico sabendo de pessoas terrivelmente preocupadas com o estado do mundo. Está tudo arruinado, dizem; as coisas nunca foram tão ruins. Elas conseguem enxergar apenas o pior para o futuro. Às vezes lançam seu olhar negativo para a igreja: ela se corrompeu e está piorando; tempos ainda piores virão.

Mas as trevas não podem apagar a Luz. Nunca conseguiram, nunca conseguirão. Ao longo dos séculos, em meio à maldade e à ignorância tão escuras como a meia-noite, Deus sempre teve um povo que O amou e O serviu, um povo que brilha como a luz de velas, dispersando a escuridão.

Assim também foi antes de Jesus iniciar Seu ministério. O povo vivia em trevas, de acordo com a Bíblia (Mt 4:16). Mas entre aqueles que habitavam na sombra da morte surgiu uma luz brilhante. Primeiro, João Batista, que Jesus chamou de “candeia que queimava e irradiava luz” (Jo 5:35). Em seguida, o próprio Jesus. Ele foi, e é a Luz do mundo. Assim, o período de profunda ignorância e escravidão, ao pecado e ao diabo, deu lugar a uma era de luz incomparável.

A mais densa escuridão ainda surge pouco antes do alvorecer. No momento em que parece não mais restar esperança, a ajuda está prestes a aparecer.

No século 19, uma expedição liderada pelos exploradores Robert Burke e William Wills partiu de Melbourne na tentativa de cruzar pela primeira vez a Austrália, de norte a sul. Finalmente, chegaram a Cooper’s Creek, uma região muito remota. O grupo permaneceu ali, enquanto Burke e Wills prosseguiram, com o objetivo de chegar ao mar. Os que foram deixados para trás esperaram por muito tempo, mas os líderes não retornaram. Por fim, concluíram que Burke e Wills tinham morrido. Levantaram acampamento, mas antes enterraram alguns alimentos sob uma árvore em cujo tronco escreveram: “Cave.”

Logo depois que partiram, Burke e Wills apareceram e encontraram os alimentos enterrados. Mas os líderes e o grupo nunca mais se encontraram, e Burke e Wills acabaram perecendo. Tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe!

Nunca se esqueça disto: a Luz ainda brilha e sempre brilhará.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Deus revela a vontade dEle



Orar “seja feita a Tua vontade” é buscar o coração de Deus. A palavra “vontade” significa “forte desejo”. É através do estudo que aprendemos o que Deus deseja. Como é o coração de Deus? Como é a Sua paixão? Ele quer que você saiba.

Deus nos esconde o que irá fazer? Aparentemente não, pois Ele tem feito todo o possível para revelar-nos Sua vontade. Poderia ter Ele feito mais do que enviar o Seu próprio Filho para nos guiar? Poderia ter feito mais do que dar a Sua palavra para nos ensinar? Poderia ter feito mais do que orquestrar eventos para nos despertar? Poderia ter feito mais do que enviar o seu Espírito Santo para nos aconselhar?

Deus não é Deus de confusão. Onde estiver alguém com um coração confuso, mas buscando a Deus com sinceridade, esteja certo de que Ele fará o que for necessário para ajuda-lo a enxergar qual é a Sua vontade. É o que Ele está fazendo na estrada para Emaús.

Todos os outros estavam enfileirados, e estavam em pé. Eles viam a morte de Jesus como a morte de um movimento, e assim juntaram suas coisas e foram para casa. Aqueles dois discípulos iam para casa quando Jesus lhes apareceu. Que doce presença sentimos quando Jesus aparece em nossa estrada. Quando uma ovelha toma o caminho errado, o nosso Pastor, não querendo que ela vague indo para longe, vem guia-la para casa. Como Ele faz isso? Você ficaria surpreso com a simplicidade do processo.

O primeiro erro da dupla foi desconsiderar as palavras dos seus companheiros discípulos. Deus também revela a Sua vontade através de uma comunidade de crentes. Na primeira Páscoa, Ele falou através de mulheres que falaram com outras. “É verdade também que algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro; e, não achando o Seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que Ele vive” (Lucas 24:22-23).

Seu plano não mudou. Jesus ainda fala aos crentes através de outros crentes. O corpo todo depende de Cristo, e todas as partes do corpo estão unidas. Cada parte faz o seu próprio trabalho para que todo o corpo cresça e se fortaleça com amor (veja Efésios 4:15). (Extraído da obra A Grande Casa de Deus, de Max Lucado).

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Deus presta atenção à minha oração?


Responde Deus a todas as orações? Por que às vezes sentimos como que se Ele tivesse tempo para todos, menos para nós? Alguma vez você já se sentiu tão pequeno, tão indigno e tão pecador que pensou não ter direito de que Deus prestasse ouvidos à sua oração? Então existe algo que você precisa entender hoje: seu senso de insuficiência é a sua melhor oração. O primeiro passo para começar a perceber em nós a resposta divina é sentir que somos fracos e carentes.

Quando oramos e contamos a Deus tudo que acontece em nossa vida, quando chega a noite e Lhe abrimos o coração para falar sem a preocupação do relógio, não é porque devamos fazer um relatório do que fizemos ao longo do dia, mas para criar em nós o sentido de dependência e necessidade dEle.

Ainda que não falássemos nada, se simplesmente caíssemos de joelhos reconhecendo que precisamos dEle, o Senhor Jesus ouviria e atenderia nossas necessidades.

Você que é mãe, talvez consiga entender o que estou dizendo. Olhe para esse nenê maravilhoso que você tem no colo. Não sabe falar, mas tem necessidades, precisa de alimento, de atenção e do calor da mãe. Tudo que sabe fazer é chorar, mas você não está esperando que ele fale para atender suas necessidades. Você se esforça para adivinhar o que ele está precisando, porque o ama. Você é mãe em função dele. Esse pequeno bebê é objeto de todo seu carinho e atenção, não importando se é oito da noite ou duas da madrugada.

É mais ou menos assim que Deus nos trata. Ao orar, você para de fugir de Deus. Você abre o coração e Lhe permite entrar. Permite que Ele participe de seus sonhos e planos. Permite que Ele faça parte dos detalhes mais íntimos de sua vida. Você nunca mais está só. Ele e você tornam-se uma só pessoa. Ele em você santificando sua vontade e vivendo em você as grandes obras de vitória.

Agora que ambos são um e vivem juntos, aprenda a confiar nEle. Aprenda a não se desesperar quando as respostas divinas não são conforme suas expectativas humanas. Orar é sentir a insuficiência humana e abrir o coração a Deus como a um amigo. Muitas vezes Ele terá de dizer-lhe: “O que Eu faço, tu não o sabes agora, mas depois o entenderás”.

Deus sempre dirige a nossa vida como nós também a dirigiríamos, se pudéssemos ver o fim desde o princípio, diz Ellen White. E o futuro se encarregará de mostrar-nos como as horas em que pensávamos que Deus não atendia as nossas orações, foram as horas em que Ele esteve mais próximo de nós. (Alejandro Bullon)
29 de outubro Segunda

A Canção da Eternidade

No princípio era Aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. João 1:1

Misteriosas, intrigantes, profundas, as palavras de abertura do Evangelho de João atraem nossa atenção. A linguagem em si é simples, tanto em nosso idioma quanto no texto original em grego, mas nos encanta. Trata-se de uma canção que ecoa desde a eternidade.

“No princípio...” Nossa mente é remetida para as primeiras palavras da Bíblia. “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1, ARA). O princípio do Evangelho de João, no entanto, remete-nos para muito antes do nascimento da Terra e de nosso sistema solar: antes da criação do mundo, antes da existência do Universo, antes do tempo, antes de todas as coisas. Trata-se do princípio que antecede todos os princípios que possamos imaginar.

Somos criaturas de tempo e espaço; somos seres humanos. Mesmo que atingíssemos a média de idade bíblica, mesmo que vivêssemos por mais de um século, o número de nossos dias seria como uma fração de segundos em comparação com a eternidade. Pense no Universo, incompreensível em sua vasta imensidão, com estrelas tão distantes que a luz que irradiam, viajando a 300 mil quilômetros por segundo, leva milhões de anos para atingir nosso planeta. Essas estrelas estão tão distantes que muitas vezes já se apagaram há muitos anos, mas a luz que vemos continuou sua longa jornada até atingir nosso campo de visão.

E o princípio sobre o qual escreveu o apóstolo João é ainda mais distante, anterior a todos os princípios. Estejamos certos de que João se refere a um Ser que sempre existiu. A Palavra não é um ser recém-chegado na cena das eras. Tente imaginar a época mais distante que conseguir e ainda encontrará a Palavra.

A Palavra entrou no tempo e no espaço. Ela armou Sua tenda entre nós, tomou a forma humana. João fala resumidamente sobre isso e dedica o restante de seu Evangelho para descrever a glória da Palavra que Se fez carne. Essa Palavra que Se fez carne, a quem as pessoas chamaram de Jesus, parecia ser como qualquer outra pessoa. Mas não era. Veio de eras e eras, da eternidade.

De todas as considerações sobre Jesus de Nazaré, a pergunta suprema, a mais importante, é: Foi Jesus apenas um homem, ou Ele foi algo mais? João nos informa desde o princípio que Ele foi mais, muito, muito mais! Ele é eterno. Ele é Deus.

Ao longo da história, as pessoas têm questionado se Deus ou deuses existiram, têm procurado fazer contato com eles, satisfazê-los, apaziguá-los. João diz: Sim, Deus existe. Desde a eternidade. E Deus Se fez carne. Ele deixou a eternidade e Se submeteu ao nosso tempo e espaço. Ele veio para nos salvar. Jesus!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Segurança infalível



Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente. Daniel 12:3.

Muitos, uma grande multidão, serão terrivelmente surpreendidos quando o Senhor vier subitamente como um ladrão na noite. Vigiemos e oremos para que, vindo subitamente, Ele não nos encontre dormindo. Minha alma está profundamente agitada ao considerar eu o quanto deveríamos realizar pelos que estão a perecer. A predição de Daniel, “muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará” (Daniel 12:4), deve cumprir-se no darmos a mensagem de advertência; muitos devem ser iluminados com respeito à segura palavra da profecia.

A salvação das pessoas deveria ser nossa primeira consideração. Fico perturbada quando vejo muitos se regozijando na prosperidade temporal, pois aqueles que possuem tesouros terrestres raramente buscam com fervor assegurar-se dos celestiais. Estão em perigo de cair em tentação, em ardis, e em muitas paixões insensatas e danosas que submergem o homem em destruição. Para aqueles que buscam o tesouro celestial há uma alegre e encorajadora perspectiva em reserva.

Precisamos de uma dependência mais firme do “Assim diz o Senhor”. Se tivermos isto não confiaremos em sentimentos e nem seremos regidos por eles. Deus nos pede que descansemos em Seu amor. É nosso privilégio conhecer a Palavra de Deus como um guia seguro e provado, uma segurança infalível. Ocupemo-nos com o lado de fé da questão. Creiamos e confiemos, e falemos de fé e esperança e coragem, Que o louvor de Deus esteja em nossos corações e sobre nossos lábios mais freqüentemente do que se dá. “O que Me oferece sacrifício de ações de graça, esse Me glorificará.” Salmos 50:23. Que a mente se demore em Deus e conheça o amor de Cristo como a Palavra de Deus o revela.

É nosso privilégio repousar numa fé ativa e viva em Cristo como Aquele que concede vida. É nosso privilégio compreender com todos os santos qual é a largura e profundidade e altura, e conhecer o amor de Deus que excede todo entendimento, e sermos enchidos com toda a plenitude de Deus. Contemplemos a Cristo como Aquele em quem habita toda a plenitude. Contemplando-O como nosso Salvador, apreciaremos o valor de Sua graça salvadora. Deveríamos pensar em Jesus mais do que o fazemos. Deveríamos ter o Seu louvor em nosso coração. Deveríamos falar do amor que tem sido tão abundantemente expresso por nós. Certamente temos toda razão de louvar a Deus.

Exaltai-O, o Cristo do Calvário; exaltai-O para que o mundo O contemple. Falai de Sua bondade, cantai de Seu amor, e oferecei-Lhe a total gratidão de vossos corações.

Ellen G. White, Cuidado de Deus, pág. 281.

Amai-vos!


Algumas pessoas vibram diante de uma luta de boxe, quando um atleta desafia o outro para uma troca de socos onde o nocaute do adversário é o alvo. Como se isso fosse realmente um sinal de masculinidade numa pseudo educação, os meninos são ensinados a não levarem desaforo para casa. Cada desafio deve ser respondido à altura.

Assim, de desafio em desafio nos vemos “assaltados” por barbaridades no trânsito, nos bares, nos estádios e nos lares…

Há os que vêem como desafio apenas aquilo que se reduzirá em agressividade. Poucos atentam para um outro tipo de desafio que Cristo faz a todo homem que é: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros…” (João 13:34). Eu vos desafio a que vos ameis!

Amar é mais difícil que bater, xingar, odiar. Deus é a fonte do amor. Indo a Ele você receberá amor e se tornará tão cheio dele que viverá amando. Aceita o desafio?

MEDITAÇÃO

26 de outubro Sexta

O Testemunho de Graeme

Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em Mim. João 14:1

Tenho um amigo de longa data na Austrália cuja vida foi amplamente diferente da minha. Devido a deficiências físicas, ele está restrito à vida limitada proporcionada por uma casa de apoio. Durante uma viagem recente ao país, eu o visitei. Ele expressou a frustração de seu testemunho cristão ser tão limitado. “Distribuo materiais para as pessoas aqui”, disse, “e tento conversar com elas sobre assuntos espirituais. Mas ninguém parece estar interessado.”

Graeme distribui pequenas mensagens de fé às pessoas à sua volta. Durante minha visita, ele partilhou algumas comigo:

Absolutamente amoroso,
Infinitamente verdadeiro,
Com Seu olhar carinhoso,
Entende-nos por inteiro.
Absolutamente terno,
Surpreendentemente perto,
Esse é o nosso Pai celestial –
O que temos a temer, afinal?

E esta também:

Levante uma pequena cerca
De confiança ao seu redor neste dia.
Preencha o espaço com obras de amor
E faça dele sua moradia.
Não olhe para a barra de proteção futura.
Deus o ajudará a suportar
Tanto a alegria quanto qualquer desventura.

Penso em Graeme na reclusão da casa de apoio. Seus prazeres são poucos, suas oportunidades limitadas. Mas ele não abandona a fé. E assim dá seu testemunho. Sua vida de fidelidade e essas palavras de confiança são partilhadas para a glória de Deus.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Na cruz há esperança




Os grandes inimigos da vida, não são externos, mas aqueles que estão dentro de nós: temor, ansiedade, culpa, insegurança. Isso destrói tudo o que belo na vida.

Mas como se livrar desses inimigos? Olhe para a cruz, o Filho de Deus morrendo pelos seus pecados, morrendo em seu lugar, para que você pudesse viver, viver uma vida alegre e feliz. Sua morte na cruz é a sepultura de toda a sua culpa, de todos os erros e de todo o seu passado.

A cruz foi o preço pago para liberá-lo desses inimigos internos que infelicitam a sua vida. Através da cruz, você recebe o perdão de todos os seus pecados. Perdão, maravilhoso milagre de Deus por você.

Você já orou corajosamente?



Quando Elias orava as coisas aconteciam. As nuvens secavam ou derramavam chuva, corvos serviam como garçons, óleo e farinha se multiplicaram, fogo caiu do céu e um menino morto voltou à vida. Alguns desses milagres exemplificaram o tempo divino, e cada um deles serviu de exemplo do poder do Senhor. Todos nos lembram de que nada é impossível quando Deus decide agir.

Os que oram corajosamente podem ter a emoção de presenciar milagres. Alguns talvez questionem se Deus mudaria de fato o tempo como consequência da oração. E, no entanto, Ele já o fez: “Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos” (Tiago 5:17-18). Elias era como nós; então, por que não podemos orar como ele orou?

Não temos de compreender como a oração funciona; só temos de crer que funciona. A maioria de nós nada entende de eletricidade, mas ainda assim esperamos que os aparelhos funcionem ao liga-los. A oração é a chave que faz as coisas funcionarem. Orar é o meio de nos ligarmos ao poder de Deus. Somos instruídos a orar “continuamente” (I Tessalonicenses 5:17). Deus prometeu ouvir e responder. Elias presenciou algumas respostas singulares à oração, mas sua capacidade de orar não era exclusiva. Quando se ora, grandes coisas acontecem, pois Deus ouve e responde segundo Sua vontade. (Stormie Omartian)

MEDITAÇÃO

25 de outubro Quinta

De Nada Terei Falta

De nada terei falta. Salmo 23:1

Todo mundo tem um salmo predileto, mas há um universalmente aclamado por causa de seus dizeres: Salmo 23, o salmo do bom pastor. Entre as muitas reflexões sobre esse salmo, um escritor da geração passada, G. Henderson, escreveu: “Do que não terei falta? O dedo da fé desliza pelo teclado e tira 11 notas distintas. Ouça-as.”

Atualizando a linguagem de Henderson e aperfeiçoando os pontos apresentados por ele, temos o seguinte:

Não terei falta de descanso, pois Deus me faz deitar em verdes pastagens.
A pastagem é macia e refrescante. Apoio a cabeça e relaxo no chão.
Não terei falta de restauração, pois Ele me conduz às águas tranquilas. Um grande gole de água pura e fresca – o que poderia ser melhor para saciar minha sede e restaurar-me?
Não terei falta de orientação, pois Ele me guia. Em meus relacionamentos, em minha família, em meu futuro preciso de ajuda que não encontro em mim mesmo. Louvado seja Deus, Ele é quem me guia!
Não terei falta de amizade, pois Deus está comigo. Ele promete: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13:5, ARA). Mais precioso do que qualquer companhia humana é o meu Senhor; mais forte do que qualquer laço carnal é o Seu amor.
Não terei falta de proteção, pois a vara e o cajado de Deus me sustêm. Ele estende Sua mão para me amparar. Em todo lugar, a todo momento, Ele está pronto a me ajudar.
Não terei falta de sustento, pois Ele prepara um banquete para mim. Ele me convida para a Sua sala de jantar, e Seu estandarte sobre mim é o amor.
Não terei falta de alegria, pois Ele unge minha cabeça com óleo. Como o óleo sagrado que escorreu pela barba de Arão, as bênçãos de Deus são derramadas sobre mim. Nunca falham.
De nada terei falta, pois o meu cálice transborda. Jesus é tudo o que eu preciso, hoje e sempre.
Não terei falta de felicidade, pois a bondade e a misericórdia me seguirão.
O que mais posso desejar?
Não terei falta de glória daqui por diante, pois habitarei na casa do Senhor para sempre. Apenas estar ali, apenas ver Jesus – será a glória.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O jogo do poder


A história de Jônatas e Davi é muito mais do que a história de uma amizade bonita entre dois jovens que cresceram juntos. Quando se é criança, geralmente, não se tem inimigos, não existe luta do poder, ninguém quer ser maior do que o outro, por isso Jesus disse, certa ocasião, que se não formos como crianças não entraremos no reino dos céus.

Mas o texto de I Samuel 23:17 nos apresenta Jônatas e Davi como adultos. Jônatas era filho do rei, o herdeiro natural do governo. Tinha sido preparado para ser rei. Davi, por seu lado, era um simples pastor de ovelhas que aparecera no quadro histórico de Israel como o garoto valente que derrotara o gigante Golias.

À medida que o tempo foi passando, Deus Se encarregou de mostrar que, embora para os homens Jônatas fosse o candidato natural para ser o novo rei, nos planos divinos era Davi o indicado.

Saul nunca aceitou essa ideia. Não gostava de Davi. Considerava-o um bom guerreiro e nada mais. Tinha medo dele porque Deus dava repetidas provas de estar com Davi. Foi por isso que Saul tentou matar o futuro o futuro rei de Israel. Para salvar sua vida, Davi teve que fugir para o deserto. Escondido na região montanhosa de Zife, perguntava-se muitas vezes se valia a pena todo esse sofrimento.

Nessas circunstâncias é que se destaca a figura maravilhosa de Jônatas. Ele procurou seu amigo e o confortou: “Não temas, porque a mão de Saul, meu pai, não te achará; porém, tu reinarás sobre Israel, e eu serei contigo o segundo”.

Você percebe a grandeza de Jônatas? Ele aceitava ser o segundo, apesar de ter sido educado a vida toda para ser o primeiro. Ele aceitou o plano divino, não discutiu com Deus, não usou sua amizade para trair o amigo, se conformou em ser o segundo porque entendeu que é melhor ser o último dentro do plano divino, do que o primeiro fazendo seu próprio caminho.

Sem dúvida, esta atitude de Jônatas não era porque ele soubesse que devia ser assim, mas porque vivia uma vida de comunhão com Deus e o Espírito de Deus reproduzia diariamente em sua vida o caráter do Pai.

Os discípulos que lutaram por cargos no reino de Deus, aprenderam também com o tempo que a única saída para sua sede de poder era permanecer ligados a Jesus, e finalmente foram vitoriosos.

Essa vitória não poderia ser também a nossa?

(Alejandro Bullon)

MEDITAÇÃO


24 de outubro Quarta

A Cor do Dinheiro

Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. 1 Timóteo 6:10

O que você faria se encontrasse uma fortuna e ninguém estivesse olhando? Vamos dizer, 400 milhões de reais. Você guardaria ou procuraria o dono?

Dois sargentos do Exército dos Estados Unidos enfrentaram essa situação em 18 de abril de 2003, durante a invasão ao Iraque. Em meio ao caos após a queda de Bagdá, eles encontraram dois abrigos lotados de caixas de metal. Dentro de cada caixa havia quatro milhões de dólares em dinheiro, num total de 230 milhões. Os soldados devolveram o dinheiro. “Esses homens são verdadeiros heróis”, afirmou o comandante. Outros soldados, porém, foram à loucura. Começaram a inspecionar os arbustos, vasculhar prédios antigos e esvaziar cada depósito de lixo que viam pela frente, e acabaram encontrando um edifício semelhante àquele de que ouviram falar. As caixas estavam amarradas umas às outras. Dentro delas havia 200 milhões de dólares em notas de 100.

O poder do dinheiro entrou em jogo. “Naquele momento o mal imperou. O ar ficou pesado... Os olhares mudaram. Podia-se notar que todos estavam fora de si”, recordou um sargento, que mais tarde foi expulso do exército por causa de sua participação no roubo.

Os soldados começaram a encher os bolsos com maços de dinheiro. Dois homens jogaram duas caixas de dinheiro num canal próximo do local com a intenção de recuperar os oito milhões de dólares mais tarde. Outros esconderam 600 mil dólares em dinheiro dentro do tronco de uma palmeira.

Foi então que apareceu um oficial, que tinha acabado de guardar em segurança o dinheiro encontrado anteriormente. Ele soube imediatamente que algo estava errado. Bem à sua frente, a seis metros de distância, estava um maço de dinheiro enfiado entre dois galhos de uma árvore, totalmente à vista. Ele pegou o dinheiro da árvore e começou uma investigação. Três caixas que haviam sido escondidas foram recuperadas, uma delas incompleta. Ao todo, 780 milhões foram encontrados em quatro diferentes buscas. O dinheiro foi levado do Iraque, mas não antes de um motorista militar tentar roubar 300 mil a caminho do aeroporto.

Uma antiga canção costumava dizer: “O dinheiro é a raiz de todos os males.” Mas o problema não está no dinheiro em si, mas no amor ao dinheiro. A cor do dinheiro revela nossas verdadeiras cores.

Nós que seguimos o Senhor Jesus, Aquele que veio para dar, não receber, sabemos que as únicas riquezas que conservaremos são aquelas que damos aos outros.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Um remédio milagroso chamado perdão


Não há qualquer dúvida. Perdão é o assunto chave quando se trata de relacionamento na Bíblia. É essencial para o nosso relacionamento com Deus, com os outros, e até mesmo em nosso interior. O perdão é essencial para o crescimento emocional e espiritual.

As Escrituras ensinam que a graça e a salvação são incondicionais. Isto é absolutamente verdadeiro no sentido de que não há uma maneira de ganhar a graça ou o amor de Deus; não há nada que possamos fazer para consegui-los; não há nenhuma condição de mérito que devamos satisfazer para recebê-los. Nossa salvação nos é dada gratuitamente, como uma dádiva do amor de Deus. Mas, quando lemos atentamente as Escrituras, descobrimos que antes de nos perdoar, Deus espera que perdoemos os outros. É como se Deus nos tivesse feito psicologicamente de uma maneira que não conseguiremos receber seu perdão a menos que perdoemos primeiro.

Em Lucas 6:37, Jesus afirma este princípio: “Perdoai e sereis perdoados”. Ou ainda como em algumas versões: “Soltai, e soltar-vos-ão”. Ele enfatiza isso mais de uma vez. Naquela que chamamos de oração do Senhor, Ele disse: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mateus 6:12). Alguns versículos adiante, Ele explica: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (versos 14 e 15).

… Mais de uma vez ouvimos a mensagem de que Jesus espera que estejamos dispostos a perdoar os outros, assim como Ele está disposto a nos perdoar. Isso… aponta para um princípio bíblico básico, emocional, psicológico e espiritual – se quisermos receber o perdão, estaremos pedindo que Deus infrinja Sua própria natureza moral. Estaremos pedindo que Ele infrinja princípios que Ele construiu em nós.

Se você achar difícil acreditar que o perdão é uma necessidade que Deus colocou em nós, olhe para o oposto do perdão – o ressentimento. Quando nos ressentimos de alguém, destruímos nosso relacionamento com essa pessoa, naturalmente. E também destruímos nossa saúde física. Qualquer médico lhe contará sobre doenças e problemas físicos que estão intimamente relacionados com o ressentimento. Ele literalmente abre buraco em nós, e é uma metáfora viva do que ele causa aos nossos relacionamentos.

As leis de Deus são uma parte fixa da existência. Elas estão nos nossos músculos, cérebros, personalidades e interações sociais. Sua lei maior, o amor, é o que trouxe ao mundo à existência, e o amor é alimentado pelo perdão. O oposto do amor é o ódio, e o ódio é alimento pelo ressentimento.

Assim, se estamos procurando o bem estar emocional, espiritual e físico, perdão é fator essencial.(David Seamands)
23 de outubro Terça

Bênção que Não Devemos Buscar

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos Céus. Mateus 5:10

A oitava e última bem-aventurança ecoa a primeira: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus” (Mt 5:3). “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos Céus.” As oito bem-aventuranças sintetizam o Sermão do Monte. Elas abrangem desde como os cidadãos do reino do Céu são (as primeiras quatro – pobres em espírito, pranteadores, mansos, famintos) até como eles vivem (as três seguintes – demonstram misericórdia, são totalmente devotados a Deus e promovem a paz). E de que maneira o mundo se relaciona com pessoas que diferem de forma tão radical? Ele as persegue, as humilha ou as rejeita, ou profere mentiras a seu respeito para depreciá-las.

Há algo, porém, que diferencia a última bem-aventurança das outras. Nós não devemos buscá-la. A perseguição vem naturalmente – é inevitável, pois a verdade e o erro, a luz e as trevas, o bem e o mal não estão em harmonia. É horrível pensar nisso, mas é verdade: o primeiro filho que nasceu neste mundo tornou-se o primeiro assassino. “E por que [Caim] o matou [Abel]? Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas” (1Jo 3:12).

Nos primeiros séculos da igreja cristã, algumas pessoas provocaram a perseguição. Uma delas foi um líder chamado Inácio, que foi levado para Roma e jogado para ser devorado pelas feras. Ao longo do trajeto, ele escreveu cartas em que antecipou seu destino e se deleitou em imaginá-lo. Se as feras selvagens se recusassem a atacá-lo, ele afirmou que as incitaria para virem atrás dele.

Ideias como essa não são sinônimo de coragem, mas de pensamento distorcido. A perseguição vem; mas não deve ser instigada. Mas quando ela vier, pois ela certamente virá a todos os que vivem piedosamente (2Tm 3:12), a promessa do Mestre virá também: “Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos Céus” (Mt 5:12).

Em viagem ao exterior, conversei em particular com o líder de uma igreja em que os seguidores de Jesus sofreram muito por causa de sua fé. Em um jardim isolado, longe de aparelhos de escuta, ele me disse: “Temo o dia em que estaremos livres. Sob as condições atuais, nosso povo é zeloso e fiel. Temo pelo materialismo que virá com a liberdade.”

Ele entendia a verdade da oitava bem-aventurança.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Semelhantes a Cristo


Então, disse Jesus aos Seus discípulos: Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me. Mateus 16:24.

O sermão mais difícil de pregar, e o mais difícil de pôr em prática é o que trate da abnegação. O próprio eu, este ganancioso pecador, fecha a porta ao bem que poderia ser feito, mas não se faz porque o dinheiro é investido em propósitos egoístas. Talvez nunca tenhamos oportunidade de realizar grandes coisas; talvez nunca se nos exija que façamos sacrifícios sublimes. Mas a maior vitória que podemos alcançar é seguir a Jesus. … Cada um dos dias que Cristo viveu em nosso mundo foi para Ele dia de abnegação. Se O quisermos seguir através do acidentado caminho da abnegação, devemos começar nos primeiros anos de nossa vida a negar o próprio eu, e esta negação tem de ser introduzida nas ocorrências e ações diárias de nossa vida.

prática do mundo é adquirir dinheiro e alcançar vantagens de qualquer modo que seja possível. A acumulação de tesouros terrestres é a ambição dos mundanos. O alvo e objetivo dos seguidores de nosso Senhor Jesus Cristo é tornar-se semelhantes a Cristo pela abnegação e sacrifício. Conservam os olhos nas riquezas eternas que podem obter pela renúncia dos tesouros terrestres, em troca pelos celestiais. Eis as condições: Aquele que quiser ser Meu discípulo, abandone tudo, e siga-Me. Tenha sempre presente a Cristo, seguindo-O aonde Ele dirige.

“Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.” Atos dos Apóstolos 20:35. … A abnegação levará para o tesouro de Deus os meios necessários para promover a Sua obra. Assim podemos agir em sociedade com Cristo. Os seguidores de Cristo consideram que, restituindo ao Senhor o que Lhe pertence, recebem uma bênção, pois acumulam tesouro celestial, que lhes será dado quando ouvirem o “Bem está, bom e fiel servo. … Entra no gozo do teu Senhor.” Mateus 25:23. Que é esse gozo? “O qual, pelo gozo que Lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-Se à destra do trono de Deus.” Hebreus 12:2. A alegria de ver pessoas remidas, salvas eternamente, é privilégio dos que venceram obstáculos para colocar os pés nas pegadas dAquele que disse: “Siga-Me.”

Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais, pág. 308.

As folhas da árvore da vida


No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Apocalipse 22:2.

Devemos esperar até sermos trasladados, antes de comermos das folhas da árvore da vida? Aquele que recebe em seu coração as palavras de Cristo sabe o que significa comer das folhas da árvore da vida.

O conhecimento que deriva de Deus é o pão da vida. São as folhas da árvore da vida que servem para a cura das nações. A corrente de vida espiritual anima a alma quando as palavras de Cristo são cridas e praticadas. É assim que somos feitos um com Cristo. A experiência que foi fraca e frágil se torna forte.

É essencial que aqueles que se dispõem a observar os mandamentos de Deus tenham um inteligente conhecimento das Escrituras. Assim, aprendemos a negar o eu e ser estritamente honestos com Deus em empregar os Seus bens. Foi a fim de que pudéssemos entender a vontade divina que Deus nos deu a Bíblia. Não podemos obedecer a Seus mandamentos até conhecermos o que são esses mandamentos.

Os pais não têm desculpas se falharem em obter uma clara compreensão da vontade de Deus de modo a que possam obedecer às leis de Seu reino. Somente assim podem conduzir seus filhos ao Céu. Meus irmãos e irmãs é vosso dever compreender os requerimentos de Deus. Como podeis educar vossos filhos nas coisas de Deus a menos que primeiro vós mesmos conheçais o que é certo e o que é errado, a menos que reconheçais que obediência significa vida eterna e desobediência morte eterna?

Devemos tornar o trabalho de nossa existência compreender a vontade de Deus. Somente ao fazermos isto podemos educar nossos filhos corretamente. Toda palavra e ato vosso deve estar em harmonia com a vontade de Deus, independentemente das opiniões e práticas daqueles que recusam obedecer a Deus.

Aqueles pais que conhecem a verdade, mas não cumprem as obrigações que sobre eles jazem, devem um dia defrontar o resultado de sua negligência. Não cumprem os deveres que Deus lhes concede, porque não é conveniente ser tão escrupuloso, tão diferente do mundo. Estão instruindo seus filhos a se tornarem mais e mais semelhantes ao mundo e a perecerem em desobediência.

“A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma.” Salmos 19:7. O Senhor nada reteve que seja necessário para a iluminação de Seus filhos. Ninguém pode alegar em escusa pela transgressão, que foi deixado em ignorância, que o caminho para o Céu não foi claramente assinalado. Não fomos deixados para servir a Deus de maneira vaga, incerta.

Ellen G. White, Cuidado de Deus, pág. 301.

Alívio dos temores


É possível que hoje você esteja com uma carga bem pesada, com profunda vontade de mudar, de sentir algo diferente. As frustrações, as tristezas, cortam nossa alma e nos esmagam.

Precisamos de Alguém que, na hora exata de nossa maior necessidade, nos diga algo positivo, algo de valor. Alguém que nos oriente, que nos mostre um caminho melhor em nosso viver. Alguém que nos tire das trevas e nos alivie dos temores.

Milhares de pessoas já encontraram esse Alguém na pessoa de Jesus e hoje experimentam a paz de poder repousar em Seus braços de paternal amor. Se você o perdeu, ou ainda não O conhece genuína e pessoalmente, não desanime. Jesus sempre esteve olhando para você, nos bons e nos maus momentos, apenas esperando que você O chame e convide para que Ele entre em sua vida e seja seu amigo, seu Onipotente ajudador. Experimente!

Busque a Jesus, através da oração e do estudo de Sua Palavra. Você não ficará decepcionado.

MEDITAÇÃO

22 de outubro Segunda

Os Pacificadores

Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. Mateus 5:9

Bem-aventurados os pacificadores, pois os provocadores estão proliferando. Vozes irritadas e ações violentas nos circundam. Algumas das palavras mais ásperas vêm do povo que alega ter uma religião, incluindo os cristãos. Eles condenam aqueles que enxergam certas questões (e Deus) sob uma luz diferente da deles. Exigem a exclusão, a excomunhão, a eliminação.

Bem-aventurados os pacificadores, pois eles derramam óleo nas águas agitadas da igreja. Eles discernem a diferença entre o eterno, o imutável, e o temporário, o mutável. Eles defendem o que é certo, mas estão prontos a ser flexíveis em outras questões. No momento em que os grupos opostos batem os pés e cerram os punhos, eles gentilmente conduzem ao meio-termo. Eles restauram a harmonia.
Bem-aventurados os pacificadores, pois eles seguem os passos de Jesus, o Príncipe da Paz. “Ele é a nossa paz” (Ef 2:14). Ele nos reconciliou com Deus e quebrou o muro de separação da hostilidade, a inimizade que separa brancos de negros, asiáticos de europeus, hutus de tutsis, masculino de feminino. “Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (Jo 14:27) foi a promessa que Ele fez aos Seus seguidores ao partir para o Céu.

Bem-aventurados os pacificadores, pois eles serão chamados filhos de Deus. “Vocês são abençoados quando mostram às pessoas como cooperar em vez de competir e lutar. É nesse momento que vocês descobrem quem vocês realmente são, e seu lugar na família de Deus” (Mt 5:9, The Message). Os pacificadores são filhos de Deus, por isso eles fazem as obras de seu Pai celestial. Eles são como Ele. Promovem a paz, disseminam a paz, vivem a paz.

O que essa bem-aventurança tem que ver com a graça? Muito, em todos os aspectos. A paz é o fruto da graça. “A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo” é a costumeira saudação de Paulo em suas cartas (ver, por exemplo, Romanos 1:7). A graça é a raiz, a paz é o fruto.

“A graça de Cristo, recebida no coração, subjuga a inimizade; afasta a contenda e enche o coração de amor. Aquele que se acha em paz com Deus e seus semelhantes, não se pode tornar infeliz. Em seu coração não se achará a inveja; ruins suspeitas aí não encontrarão guarida; o ódio não pode existir. O coração que se encontra em harmonia com Deus partilha da paz do Céu, e difundirá ao redor de si sua bendita influência” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 27, 28).

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Qual é sua maior tentação?



Qual é sua maior tentação? Você luta com a luxúria? Você é frequentemente tentado a usar palavrões quando está perto dos amigos? Tem a tendência de comer demais ou comer coisas que não prestam?

Daniel e seus três amigos (Daniel 1:8-17) eram provavelmente adolescentes quando enfrentaram a primeira e difícil tentação em Babilônia. Eles foram escolhidos para participar do programa especial de treinamento para a liderança do rei Nabucodonosor.

Como parte do programa, o rei decretou que eles deviam comer as iguarias de sua mesa para crescerem fortes e saudáveis no seu serviço. Esta era uma alimentação muito superior à que os outros escrevamos hebreus recebiam, mas significava que eles tinham de desobedecer a Deus, quebrando muitas das leis alimentares ordenadas pelo Senhor.

Eles poderiam ter aceitado o decreto do rei e se justificado, dizendo que a comida não era assim tão importante. Em vez disso, levaram a sério as ordens de Deus e fizeram o que era certo, sem levar em conta as consequências. Como resultado, Deus os abençoou e fez com que ficassem mais saudáveis e fortes do que todos os outros jovens no programa de treinamento do rei.

O problema da tentação continua o mesmo, hoje. Precisamos levar Deus a sério e fazer a vontade dEle em qualquer situação, aconteça o que acontecer. Note que Daniel e seus amigos decidiram não ingerir a comida do rei, ainda antes de ir para a mesa. Nós não precisamos esperar que a tentação chegue antes de decidir o que fazer.

Nosso dever é nos comprometer com o caminho de Deus antes que a tentação se aproxime (veja Salmo 37:1-9). Por isso, peça agora a Deus para ficar firme em seus compromissos. Ser fiel até o fim. Como o foram Daniel e seus amigos.

MEDITAÇÃO

19 de outubro Sexta

A Comunidade dos Famintos

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. Mateus 5:6

Meu pai, nascido perto de Estocolmo, Suécia, passou no mar boa parte de sua juventude. Ele navegou pelo mundo, primeiro em veleiros, depois em navios a vapor. Navegou duas vezes ao longo do Cabo Horn. Costumava contar histórias empolgantes e surpreendentes sobre os anos que passou como simples marinheiro. Em uma viagem terrível, o corrupto comissário de bordo, em parceria com o capitão, não embarcou suprimentos suficientes e os dois embolsaram o dinheiro não gasto.

O navio zarpou do porto de Hamburgo, Alemanha, navegou para o oeste do Mediterrâneo, pelo Estreito de Gibraltar, rumo ao Atlântico. Ao seguirem em direção ao sul, se depararam com uma região de calmarias onde as embarcações ficavam paradas aguardando o vento soprar. Os dias se transformaram em semanas e as semanas em meses para os desesperados tripulantes presos no navio, famintos dia e noite. Certo dia, os restos de comida e as batatas estragadas foram levados ao convés e a tripulação voou para cima do alimento sem pensar duas vezes.

A fome e a sede cada vez mais se tornavam o foco principal de sua vida. A existência mais básica se caracteriza por encontrar algo para alimentar o estômago faminto e água para saciar a sede.

Pessoas famintas sonham com comida. A Bíblia menciona esse fato: “Um homem faminto sonha que está comendo, mas acorda e sua fome continua” (Is 29:8). Em minha vida afortunada, raramente fui para a cama com fome; mas nas ocasiões em que isso aconteceu, sonhei com comida e acordei pensando nela.

Fico pensando: Quão famintos estamos por Deus? Se estivermos famintos por Ele, sonharemos com Ele e acordaremos pensando nEle?

Note que a quarta bem-aventurança, assim como todas as outras, é proferida no plural. Jesus fala com Seus seguidores como comunidade, não como indivíduos. Seu povo, os cidadãos do reino do Céu, é a comunidade dos famintos – famintos por Deus.

A maioria das pessoas na encosta da montanha naquele dia era composta por indivíduos comuns. Eles faziam apenas duas refeições por dia, refeições muito simples por sinal. A referência à comida deve ter feito com que começassem a salivar. Mas Jesus falou de um tipo de alimento mais precioso do que pão e peixe. Ele ofereceu o pão do Céu, o verdadeiro maná, o alimento de Seu reino: Ele mesmo.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Vantagens atuais, benefícios futuros




Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, O qual em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Hebreus 12:2.

Sempre devemos acalentar sentimentos de gratidão pelos que nos prestaram favores em tempos de necessidade. Mas esses sentimentos que são tão prontamente despertados pela bondade e desprendimento de nossos amigos devem ser sensíveis ao amor e compaixão de nosso bondoso Amigo celestial. … A amizade manifestada pelos parentes e amigos mais chegados e queridos é tão superada pela revelação de Jesus Cristo que a primeira é muda e inexpressiva em comparação com a última. É natural que o coração abrigue sentimentos da mais calorosa afeição para com aqueles que fizeram ou sofreram algo por nós.

Permiti-me conduzir-vos ao local da crucifixão e mostrar-vos o Filho de Deus morrendo em vosso lugar. O espetáculo da cruz de Cristo não despertará todo o sentimento de gratidão? Não arrebatará a frieza e indiferença que tornam os sentidos insensíveis ao grande sacrifício efetuado em nosso favor? Oh! por que a cruz de Cristo não desperta gratidão e não induz a prazerosa obediência?

Satanás, o adversário das pessoas, está constantemente em atividade com seus ardis e encantos, embotando os sentidos e amortecendo os sentimentos para o nosso interesse mais elevado. Para todas as pequenas coisas da vida as afeições têm liberdade de ação, mas no tocante ao interesse eterno as afeições são retidas, como se estivessem atadas com cordas mágicas.

Há tantos que suportam privações e, com considerável sacrifício, seguem uma carreira que promete vantagens no futuro. Abrem mão do conforto presente em troca de um incentivo futuro que lhe seja equivalente, mas Jesus apresenta a vida eterna como a recompensa da obediência, e se insignificantes coisas de proveito terreno são sacrificadas por algum bem futuro, quanto mais a comodidade, o prazer e atuais vantagens mundanas deveriam ser sacrificados em troca das incomparáveis riquezas e da glória da futura vida imortal! Não permitais que o engano dos encantamentos terrenos afaste as afeições de Deus e endureça o coração para o interesse eterno. Olhai para as coisas que são invisíveis. Abrigai a Jesus no coração. Amai-O de todo o vosso coração.

Ellen G. White, Cuidado de Deus, pág. 273.

Olhos consagrados



O coração sábio buscará o conhecimento, mas a boca dos tolos se apascentará de estultícia. Provérbios 15:14.

Muitos não buscam diligentemente compreender as lições encerradas na Palavra de Deus. Põem de parte a Bíblia, e permitem que sua mente se absorva com as leituras baratas que se encontram nos livros de ficção, nos jornais e revistas.

O pernicioso hábito de ler romances é um dos meios empregados por Satanás para destruir as pessoas. A mente ocupada com histórias excitantes, perde o gosto pela leitura sólida. … Tenho conhecimento de muitos exemplos dos maus efeitos deste funesto costume. … Quanto mais condescendiam eles com o desejo dessa espécie de alimento mental, tanto maior se tornava a fome nesse sentido. A imaginação ansiava constantemente seu habitual estimulante, como o bêbado a bebida e o fumo. Suas forças mentais e morais se achavam debilitadas e pervertidas, perderam o interesse nas Escrituras, e o gosto na oração; e estavam tão verdadeiramente arruinados, mental e espiritualmente, como se acha o viciado das bebidas alcoólicas e o adepto do fumo. Os leitores de novelas são embriagados mentais; e precisam tão verdadeiramente de assinar um compromisso de total abstinência, como a vítima de qualquer outra forma de intemperança.

Deus deu a Seu povo o mais escolhido assunto de leitura. Encontre a Palavra lugar em todo aposento da casa. Mantende a Bíblia, o pão da vida, em lugar bem visível. … Mantende literatura escolhida, enobrecedora, sempre diante dos membros da família.

A leitura da Palavra de Deus não fascina a imaginação e inflama as paixões, como as ficções de um romance, mas abranda e suaviza o coração, eleva e santifica as afeições.

É privilégio da juventude dizer: “Deus me deu a vista e o ouvido para glória Sua. Cerrarei os ouvidos ao que é louco e vulgar. Lerei aquela Palavra que me habilitará para um lugar no lar que Cristo está preparando para os que santificaram sua alma na obediência da verdade. Minha voz proclamará a glória de Deus; toda força de meu ser Lhe será consagrada.”

Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, pág. 272.

MEDITAÇÃO

18 de outubro Quinta

O que Não Pode Ser Comprado

Vocês são abençoados quando ficam contentes com quem vocês são – nada mais, nada menos. Nesse momento vocês se tornam donos de tudo que não pode ser comprado. Mateus 5:5, The Message

A tradução habitual da frase “bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (ARA) já gerou pilhérias. No mundo que conhecemos, os mansos não herdam nada; eles são pisados e humilhados. As pessoas valorizam a assertividade e a agressividade. A mansidão é desprezada, considerada uma característica dos fracos. Mas, do ponto de vista bíblico, do ponto de vista da graça, mansidão não é sinônimo de fraqueza. O personagem que mais se destaca no Antigo Testamento é Moisés, considerado o homem mais manso da Terra (Nm 12:3). O Novo Testamento se centraliza na pessoa e no ministério de Jesus Cristo, que não Se apegou ao status divino, mas condescendeu em Se tornar um ser humano, “foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fp 2:8).

O pensamento de que a mansidão significa ser “capacho” é totalmente inadequado. Em vez de ser um ninguém, a mulher ou o homem manso é uma pessoa forte que realiza muitas coisas, assim como Moisés, que liderou o povo para a liberdade, ou Jesus, que salvou a raça humana. Quanto mais a pessoa se esvaziar do ego, do orgulho, da ambição e do desejo pela fama e glória pessoal, mais Deus poderá usá-la para realizar grandes coisas. Ou seja, quanto mais mansa, maior a pessoa será.

“A natureza humana está sempre lutando por se manifestar, pronta para a luta; mas aquele que aprende de Cristo, esvazia-se do próprio eu, do orgulho, do amor da supremacia, e há silêncio na alma. O próprio eu é colocado ao dispor do Espírito Santo. Não andamos então ansiosos de ocupar o primeiro lugar. Não ambicionamos comprimir e acotovelar para nos pôr em destaque; mas sentimos que nosso mais alto lugar é aos pés de nosso Salvador. Olhamos para Jesus, esperando que Sua mão nos conduza, escutando Sua voz, em busca de guia” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 15).

Isso significa ter um senso realista de nossas forças e fraquezas, estar contente com quem somos. Nosso valor próprio não depende mais daquilo que fazemos, mas de quem somos, pois somos filhos e filhas de Deus. Somos de infinito valor para Ele.

Por fim, os mansos realmente herdam a Terra. Não apenas a Terra perfeita para a qual nos preparamos, mas hoje mesmo herdamos as riquezas do reino da graça – “tudo que não pode ser comprado”.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nem sempre o que parece bom é o melhor


Você alguma vez já pensou por que o episódio da queda de Adão e Eva foi tão importante? O que havia de errado em mastigar um pedaço de uma fruta gostosa e suculenta?

Para compreender essa história, temos de entender a escolha feita por Adão e Eva. A decisão deles não era tanto comer ou não o fruto mas em quem acreditar. Deus advertiu que comer o fruto daquela árvore traria a morte, embora a serpente prometesse que isso os tornaria como Deus.

É a mesma escolha que enfrentamos quando somos tentados a mentir, enganar, roubar ou praticar sexo antes do casamento. Deus adverte que tal pecado nos separa dEle e destrói relacionamentos. Satanás, por sua vez, afirma que será algo bom e nos dará satisfação. Adão e Eva decidiram crer em Satanás, o pai da mentira, em vez de crer no Deus de toda a verdade. Como resultado, sofreram a perda da vida e da bênção da presença de Deus e enfrentaram as consequências do pecado em seus relacionamentos e no trabalho.

A melhor escolha nem sempre é a que nos parece boa, ou é fazer o que outros nos afirmam que será bom; mas, pelo contrário, é obedecer a Deus, Aquele em que podemos confiar que dirá a verdade.

Reflita: em sua vida, você decide por si mesmo o que é certo ou errado? Você permite que a “cultura” ou seus amigos decidam em seu lugar o que é certo e errado? Ou permite que Deus decida por você? Quais as consequências de cada um desses métodos de escolha?

MEDITAÇÃO

17 de outubro Quarta

Graça Para os que Choram

Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Mateus 5:4

Esse simples verso, o segundo das bem-aventuranças, fala poderosamente tanto aos cristãos quanto aos não cristãos. Nele sentimos conforto para os aflitos, mas também repreensão para muito do que se considera entretenimento hoje, e a promessa de uma nova ordem mundial que reverterá as prioridades existentes hoje.

Deus Se preocupa com aqueles cujo coração está entristecido. Essa é a interpretação mais básica do texto. O próprio Jesus Se tornou “homem de dores e experimentado no sofrimento” (Is 53:3). Ele que chorou com Maria e Marta junto ao sepulcro de Lázaro, chora conosco em nosso pesar. Ele é nosso grande sumo sacerdote que conhece e compreende como nos sentimos (Hb 4:14-16).

Se permitirmos, Ele transformará em bênção nosso pranto. O sofrimento nunca deixa a pessoa da mesma forma que a encontrou; ou ele nos aproxima do Senhor ou nos afasta dEle. Alguns dos homens e mulheres mais consagrados das eras passadas (e ainda hoje) foram aqueles que, ao ter submetido tudo a Cristo, experimentaram o poder da segunda bem-aventurança. Na categoria dos não cristãos estão aqueles que apontam para os sofrimentos e a morte dos amados como a razão para rejeitarem a fé.

Eugene H. Peterson assim interpretou as palavras de Jesus: “Vocês são abençoados quando sentem que perderam o que lhes era mais precioso. Somente então vocês podem ser abraçados por Aquele que é mais precioso para vocês” (Mt 5:4, The Message). Que verdade! Por mais amado e precioso que alguém seja para nós, Jesus é ainda mais.

O comentário de Ellen White também é valioso: “As provações da vida são obreiras de Deus, para remover de nosso caráter impurezas e arestas. Penoso é o processo de cortar, desbastar, aparelhar, lustrar, polir. [...] Mas a pedra é depois apresentada pronta para ocupar seu lugar no templo celestial. O Mestre não efetua trabalho assim cuidadoso e completo com material imprestável. Só as Suas pedras preciosas são polidas, como colunas de um palácio” (O Maior Discurso de Cristo, p. 10).

As palavras de Jesus também são uma repreensão para aquilo que atualmente chamamos de comédia. A irreverência, vulgarização e crueldade tiram proveito do choque causado aos valores. Vale tudo para se conseguir uma risada. “Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza”, aconselha a Bíblia àqueles que são atraídos por esse tipo de “diversão” (Tg 4:9). Pois se aproxima o dia em que tudo será invertido: o dia em que aqueles que hoje choram rirão e aqueles que hoje riem chorarão (Lc 6:21, 25).

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Você não é um grão de areia


A Bíblia é um livro maravilhoso. Observe esta ideia no Salmo 139. “Quão preciosos, oh Senhor, são para mim os Teus pensamentos e como é grande a soma deles. Se eu os contasse excederiam aos grãos de areia. Contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim.”

Você mesmo pode imaginar quantos grãos de areia podem estar em sua mão quando você pega um punhado de areia na praia? Milhões deles. São tão pequeninos que nem dá para contar a olho nu. Pense na mente infinita de Deus. Quão elevados não devem ser os pensamentos a respeito de você, não é verdade? Ele mesmo chegou a entregar o seu próprio Filho para morrer por você a fim de que você pudesse viver eternamente com Ele.

Não se desespere, não temas, não se desanime. Deus continua pensando em você e ajuda em seu favor pois os pensamentos de Deus são tingidos de amor.

Quando esfria o primeiro amor



Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Apoc. 2:4.

Ainda hoje, Éfeso maravilha os seus visitantes. Suas ruínas bem preservadas revelam a glória de uma civilização passada. Éfeso foi, um dia, uma das mais orgulhosas cidades do império romano. Ela se orgulhava de sua grande biblioteca e teatro, bem como do afamado Templo de Artêmis (ou Diana), uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

Éfeso tem uma história notável para ser repartida conosco. O apóstolo Paulo pregou com muito sucesso em Éfeso, levando muitos dos seus cidadãos a aceitar Cristo. De fato, a pregação de Paulo era tão poderosa que chegou a ameaçar a venda das imagens de Diana, a deusa local de lá.

A igreja cristã de Éfeso ergue-se com firmeza pela verdade. Aqueles primeiros cristãos eram doutrinariamente puros. A palavra “Éfeso” significa “desejável”. Éfeso, a primeira das sete igrejas, símbolo da igreja do primeiro século, era caracterizada pelo zelo e pureza doutrinária.

Cheia de amor por Cristo e armada com Sua palavra, a igreja proclamou o amor do Salvador. Mas, gradualmente, uma mudança ocorreu. Jesus disse: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.” Apoc. 2:4. Depois de algum tempo, o primeiro amor esfriara. Os primeiros cristãos ainda erguiam-se pela verdade de Deus. Eles tornaram-se hábeis em expor a quem se afastasse da doutrina correta; todavia, não mais agiam impelidos pelo amor. Alardeavam sua lealdade, em seu exterior. Mas, em seu interior, eram frios e vazios.

Deus nos alerta sobre um destino semelhante, hoje. Podemos acumular um bocado de conhecimento correto, podemos ter todas as doutrinas certas, e ainda terminar vazios como uma concha. Quando o seu coração esfriar e você perder o primeiro amor, aqui está a solução de Jesus: “Lembra-te, pois, de onde caíste” (verso 5).

Lembre-se daqueles sentimentos de proximidade com Deus ao orar. Lembre-se dos preciosos momentos de intimidade com o Senhor ao estudar a Bíblia. Lembre-se de como o Seu amor encheu o seu coração. Ele não mudou. Ele ainda é o mesmo Deus que o recebeu em Seus braços. Ele ainda é o mesmo Deus que conquistou você pela Sua graça. E Ele pode acender outra vez o fogo do primeiro amor em seu coração.

Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.

MEDITAÇÃO

16 de outubro Terça

Os Pobres em Espírito

Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus. Mateus 5:3

O Sermão do Monte fala do começo ao fim sobre a graça, como as palavras de abertura deixam claro. A graça é o princípio operante no reino do Céu. Entretanto, muitos políticos e líderes que enaltecem o Sermão do Monte não têm coragem de colocar em prática os princípios estabelecidos por ele. Qualquer presidente que aconselhar a nação a dar a outra face para o inimigo que está às portas, com essa atitude certamente decretará o próprio impeachment. Da mesma forma, qualquer candidato político que renunciar ao orgulho e ao poder deverá dar-se por satisfeito se ao menos os membros de sua família votarem nele.

Mas no reino do Céu impera a graça, não o poder. Os cidadãos desse reino são felizes por serem “pobres em espírito” – pobres no espírito egoísta e orgulhoso que caracteriza a vida neste mundo. Mas não pobres em Deus; nEle eles são ricos. Eles são pobres em si mesmos, mas ricos em Cristo, em quem todos os tesouros da Terra e do Céu atingem o auge.

Sempre foi assim. Aqueles que pensam que têm tudo – que não sentem falta de nada – não “entendem” a graça. Ela começa na experiência humana com a profunda percepção de nossa fome, sede, insuficiência, perdição, necessidade de ajuda além de nós mesmos. Somente quando a pessoa perceber que nunca poderá vencer sozinha estará pronta para receber a graça. Nesse momento, a graça fluirá para ela. Perdoadora graça. Transformadora graça. Poderosa graça. Maravilhosa graça. Dessas pessoas é o reino do Céu hoje. Na vida delas Jesus reina soberano.

Durante o ministério de Jesus na Terra, o povo comum O ouvia com prazer (Mc 12:37). Prostitutas e cobradores de impostos entravam para o reino antes dos sacerdotes e fariseus (Mt 21:31). Assim tem ocorrido ao longo dos séculos. À medida que o cristianismo é proclamado, ele é recebido com alegria pelos escravos, rejeitados, marginalizados – os pobres em espírito.

Celso, famoso crítico do cristianismo, zombou de Jesus e de Seus seguidores. “Que professor singular os cristãos têm”, ridicularizou. “Todos os outros líderes religiosos dizem: ‘Venham a mim, vocês que são dignos’, mas esse Homem diz: ‘Venham a Mim, vocês que estão cansados e sobrecarregados pela vida.’ Assim, atraídos por essas palavras, Ele é seguido pela ralé, a gentalha, a escória da humanidade, que vai rastejando atrás dEle.”

E Orígenes, teólogo cristão, respondeu: “Sim; mas Ele não os deixa como ralé, gentalha e escória da humanidade. Desse material considerado sem valor, Ele molda homens!”

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Crianças ou pais perdidos?


Num grande supermercado o serviço de som ambiente transmitiu o seguinte anúncio curioso: “Temos aqui em nosso estúdio de som a presença de um pequeno garoto que diz que seu pai está perdido e não consegue acha-lo”.

Há outra história de um casal que a certa altura do dia deu pela falta de seu filhinho em casa. Podemos imaginar com que aflição os vizinhos, os parentes, os amigos e até a polícia foram acionados para saírem à procura da criança.
Todas as casas e bosques foram inspecionados e em nenhum lugar acharam qualquer vestígio do menino.

Visto que naquela manhã haveria reunião na igreja onde sua família frequentava, às vezes, alguém teve a ideia de ir até lá para procura-lo. E não deu outra. Lá estava o garoto tranquilamente sentado, tendo em suas mãos um brinquedinho que levara de casa. De volta a casa, seus pais o abraçaram com indescritível alegria. A mãe, emocionada, enxugando as lágrimas dos olhos, disse ao garoto:

- Que bom, filhinho! Você estava perdido e foi achado.

Ao que o filho respondeu:

- Mamãe, eu não estava perdido. Eu estava na igreja!

Essas duas histórias parecem nos falar mais de pais perdidos do que de filhos perdidos, não é verdade? Toda criança, em sua inocência e pureza, tem o desejo inerente de estar com Deus. Muitas vezes são os pais e os adultos que interceptam o desenvolvimento espiritual de uma criança ao não lhe dar curso ao desejo de seguir a Jesus.

Talvez tenha sido por isso que Jesus advertiu a Seus discípulos quando estes impediam as crianças de irem a Ele: “Jesus, porém, vendo isto, indignou-Se e disse-lhes: Deixai vir a Mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Marcos 10:14). Pensemos seriamente nessa advertência! (Meditações Diárias, “Uma Palavra Amiga”, p. 165)

Ouse ao pedir



Jabez não aparece em nenhum outro ponto da Bíblia, a não ser em dois versículos: “Jabez orou ao Deus de Israel: “Ah, abençoa-me e aumenta as minhas terras! Que a Tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores”. E Deus atendeu ao seu pedido” (I Crônicas 4:9 e 10). Entretanto, sua breve menção aqui deixou uma impressão duradoura. Ele orou ousadamente, e “Deus atendeu ao seu pedido”.

Jabez, cujo nome soava como o termo hebraico “dor”, fez quatro pedidos: a bênção de Deus (“abençoa-me”), a provisão de Deus (“aumenta as minhas terras”), a presença de Deus “(a Tua mão esteja comigo”) e a proteção de Deus (“guardando-me dos males”). Tudo isso é o que Deus deseja para nós. Mas Ele deseja que oremos e peçamos. Com frequência pensamos não merecer suas bênçãos ou ser egoístas por pedir. Algumas vezes buscamos coisas com as próprias forças e falhamos em reconhecer a bondade de Deus. Não queremos que pareça que estamos pedindo demais, como se Deus fosse limitado no que possui para dar.

Se você já teve pensamentos como esses, considere as palavras de Jesus: “… foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino” (Lucas 12:32).

Você já orou com ousadia como Jabez? Se não, comece agradecendo a Deus pelo que Ele já lhe concedeu e então peça o que o seu coração deseja. Peça-lhe que o abençoe a fim de que possa servir aos propósitos dEle e abençoar outros.

Não se preocupe com a ideia de que ao pedir ousadamente estará pedindo demais. Deus não lhe dará algo que não seja bom para você ou antes que esteja pronto para recebe-lo. Ele responderá suas orações conforme a vontade e o tempo dEle. (Stormie Omartian)

“Deus, eu te agradeço por tudo o que me tens dado. Peço que me dês bênçãos, provisão e proteção. Obrigado porque Te agradas em compartir a Ti mesmo e o Teu reino comigo. Capacita-me a retribuir, ajudando e abençoando outras pessoas. Em nome de Jesus,amém!”

O professor e a criança


- Quando em teus primeiros ensinos transmitiste com amor e carinho os fatos reais, implantaste em mim os fundamentos básicos da vida.
- Quero desenvolver a tal ponto tua curiosidade que para responder tuas perguntas eu precise de profunda reflexão e apurado estudo.
- És o sol que jamais se porá em minha vida.
- És a extensão de mim mesmo, a tua felicidade é minha alegria.
- Na senda da sabedoria, mostraste-me quão infindáveis são as direções do crescimento.
- Ao ensinar-te, aprendo e muito mais valorizo esse pequenino ser que poderá desabrochar como o mais sábio dos homens.
- Sou o amanhã que sempre buscaste.
- Sou o hoje que constrói teu amanhã.
- No dia-a-dia da sala de aula, me guiaste pelo ensino por complexas regiões do planeta, mas o que permanece é o valor que conferiste ao meu pensamento.
- Ao ensinar-te os contornos das letras quero projetar em ti a beleza das formas da natureza.
- Quando falas, ouço; quando andas, sigo; quando ages, imito; quando pensas, cresço; quando amas, vivo.
- Aprendi a amar contigo, por isso sou feliz.
- Curvo-me ante tua sabedoria porque além dos ensinos básicos, construíste em mim um indivíduo livre e apto para pensar e viver.
- Espero ansioso pelo momento de estar ao teu lado e contemplar o rápido e constante crescimento rumo a ti mesmo.
- Hoje sei o caminho porque teus passos permanecem em mim.
- No brilho dos teus olhos contemplo uma vida repleta de significado.
- Ao mostrar-me a concretude de um objeto, conceituando-o abstratamente, percebo que na simplicidade desta associação incidem todos os conceitos da vida.
- Lutei para fazer-te um indivíduo completo, e ante tal triunfo, silencio-me … És meu aluno amado.
- O teu amor constrói-me no amanhã tão esperado.

MEDITAÇÃO

15 de outubro Segunda

Bem-aventurado!

Vocês são abençoados ao chegarem ao fundo do poço. Quanto menos de vocês mesmos, mas de Deus e de Seu domínio. Mateus 5:3, The Message

O texto de hoje ilustra de maneira clara as aparentes contradições da vida do cristão, da vida da graça. De acordo com o pensamento comum, o fundo do poço é o último lugar em que desejaríamos estar. É sinônimo de angústia, perplexidade e medo. O reino do Céu, porém, onde Jesus reina em amor, inverte a ordem das coisas, contraria as expectativas, surpreende, choca. A graça causa espanto.

A felicidade é algo muito procurado pelo povo do reino deste mundo, um objetivo ilusório. No entanto, no momento em que Jesus, sentado na encosta da montanha próximo ao Mar da Galileia, apresentou os princípios de Seu reino, Ele não falou sobre felicidade. Ele ofereceu algo muito maior – a bem-aventurança.

Na língua inglesa, a palavra felicidade deriva do verbo to hap, que significa acontecer por acaso. Sob os raios brilhantes do Sol no céu azul e em meio ao canto melodioso das aves, nossa mente se eleva às alturas. Mas assim que as nuvens escuras chegam, o vento gelado sopra e começamos a sentir frio, nossos sentimentos sofrem uma queda brusca. A felicidade vem e vai. A felicidade é passageira.

Jesus repetiu nove vezes a expressão “Bem-aventurados” durante o Sermão do Monte. A palavra que Ele utilizou, makarios, tem uma história antiga. Muito tempo antes de o Novo Testamento ter sido escrito, ainda na época de Homero, essa palavra designava a vida dos deuses, que viviam em comodidade e praticando esportes no topo do Monte Olimpo. Mais tarde, o significado dessa palavra foi ampliado para incluir a suposta felicidade dos mortos, aqueles que deixaram os cuidados desta vida. Em seguida, makarios ampliou-se ainda mais. Ela passou a descrever os afortunados entre os vivos, aqueles que, sendo ricos, não mais precisam trabalhar com as mãos e que têm recursos para protegê-los se atingidos por enfermidades ou perdas.

Mas Jesus diz aos camponeses, pescadores, artesãos, às donas de casa e crianças: “Bem-aventurados.” Vocês não serão abençoados apenas na vida futura – vocês são abençoados agora mesmo. Jesus não nos promete um mar de rosas; Ele oferece algo muito melhor. Jesus não nos apresenta o objetivo ilusório da felicidade; Ele tem algo muito superior para nos oferecer. Jesus nos oferece a Si mesmo. Ele nos convida a ir a Ele e tomar Seu fardo, que é fácil e leve. Ao aceitarmos Jesus em nossa vida como nosso Salvador e Senhor, Suas palavras se tornam realidade. Não são ilusórias. Somos abençoados com a alegria sublime de Sua graça.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

As nuvens passarão



O coração alegre aformoseia o rosto, mas, pela dor do coração, o espírito se abate. Provérbios 15:13.

A tristeza vem e vai; é o quinhão do homem; não devemos procurar aumentá-la, mas antes falar naquilo que é brilhante e aprazível. Quando o inverno estende sobre a terra sua gélida coberta, não deixamos nossa alegria enregelar-se juntamente com as flores e regatos, lamentando continuamente por motivo dos dias sombrios, e dos ventos minuanos. Ao contrário, nossa imaginação antecipa o verão próximo, com seu calor, vida e beleza. Ao mesmo tempo desfrutamos toda a luz do Sol que nos chega, e encontramos bastante conforto, apesar do frio e da neve, enquanto esperamos que a natureza se revista das roupagens novas, brilhantes, portadoras de alegria.

Exatamente agora uma nuvem excluiu de nossa vista os brilhantes raios do Sol, e somos deixados na sombra. Deveríamos amofinar-nos e afligir-nos por causa disso, esquecidos de tudo o mais que existe de brilhante e belo ao nosso redor? Não! devemos esquecer a nuvem, lembrados de que o Sol não foi extinto, mas apenas velou a face por uns momentos, para voltar a brilhar com maior fulgor, e para ser apreciado e fruído muito mais do que se nunca estivera oculto.

Deus não Se agrada de que passemos nossa vida desanimados e sombrios, aumentando toda dificuldade que nos visite. Assim fazendo, não só nos tornamos infelizes, mas também tiramos a felicidade dos que nos rodeiam. Não devemos estar a buscar as sombras escuras de nossa vivência, sobre elas nos demorando, mas antes abrir os olhos e despertar nossos sentidos para ver e apreciar as muitas bênçãos que nos envolvem — e isso deve não só fazer-nos agradecidos, mas também muito contentes.

É vontade de Deus que sejamos alegres. Ele deseja que abramos o coração aos raios luminosos do Céu; deseja que nosso espírito se enterneça por Seu amor e bondade, aparentes em nossa vida, e nas coisas da natureza, que nos cercam. Os que entram em contato conosco são influenciados para o bem ou para o mal por nossas palavras e atos. Estamos inconscientemente difundindo a fragrância de nosso caráter na atmosfera moral que nos rodeia, ou estamos intoxicando essa atmosfera pelos pensamentos, palavras e atos que tenham influência deletéria sobre aqueles com os quais nos associamos. “Ninguém vive para si.”

Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais, pág. 281.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Suspiro consolador



Jesus encontra um homem surdo, que fala com dificuldade. Talvez ele gagueje. É provável que não consiga pronunciar o “s”. Quem sabe, por causa de sua surdez, ele nunca aprendeu a articular adequadamente as palavras.

Recusando-se a explorar a situação, Jesus levou-o para um lado e olhou-o no rosto. Sabendo que seria inútil falar, explicou com gestos o que faria. Ele cuspiu e tocou a língua do homem, explicando que o que restringia a sua fala estava prestes a ser removido. Jesus tocou os seus ouvidos que, pela primeira vez, estavam a ponto de ouvir.

Entretanto, antes que o homem dissesse uma palavra ou ouvisse qualquer som, Jesus fez algo que eu jamais teria imaginado.

Ele suspirou…

Sem dúvida, você já experimentou sua quota de suspiros. Se você tem filhos adolescentes, se tentou resistir a tentações, se teve suas razões questionadas ou se os seus melhores atos de amor foram rejeitados, você foi forçado a tomar um fôlego profundo e deixar escapar um doloroso suspiro…

Todos esses suspiros se originam da mesma ansiedade: o reconhecimento de uma dor que jamais foi tencionada, ou de uma esperança postergada.

O homem não foi criado para estar separado do seu Criador; por isso suspira, com saudades de casa. Nunca se pretendeu que a natureza fosse habitada pelo mal, por isso ela suspira, ansiando pelo jardim…

E quando Jesus olhou nos olhos daquela vítima de Satanás, a única coisa apropriada a fazer foi suspirar. “Não era para ser desse modo”, disse o suspiro. “Os seus ouvidos não foram feitos para não ouvir, e sua língua não foi feita para errar”. O desequilíbrio de tudo aquilo fez com que o Mestre sofresse.

Então, encontrei a palavra para o suspiro. Você pode achar estranho, mas a coloquei ao lado da palavra consolo, porque, de uma maneira indireta, a dor de Deus é o nosso consolo.

Na agonia de Jesus está a nossa esperança. Se Ele não tivesse suspirado, se não tivesse sentido o peso daquilo que não deveria ser, estaríamos em uma situação digna de pena. Se Jesus simplesmente considerasse tais coisas como inevitáveis ou lavasse as mãos de toda aquela desordem malcheirosa, que esperança poderíamos ter?

Mas Ele não fez isto. Aquele santo suspiro assegura-nos que Deus ainda sofre pelo Seu povo. Ele suspira à espera do dia em que não haverá mais suspiros, quando tudo será como deveria ser. (Max Lucado)

O sol brilha mais além


A águia é usada como símbolo dos que esperam no Senhor e nEle confiam. Essa ave é interessante desde sua origem. Um frango está pronto para ser vencido no mercado em nove semanas. Águias não, elas levam, como no caso da águia real, até um ano para voarem sozinhas. Verdadeiros cristãos são como águias: podem levar tempo para amadurecer. Primeiro trigo, depois erva verde, finalmente fruto.

Você pode ver pombos, andorinhas e periquitos voando em bandos. Águias, não, sempre estão sozinhas, no máximo duas. Ficam lá no alto, olhando o azul infinito.

É do alto que vem o poder do cristão, que muitas vezes tem que ficar sozinho por causa de seus princípios. Não tenha medo de ficar só. Geralmente, o cristão anda na contramão da vida. Este mundo não foi feito nos moldes presentes para o povo de Deus. Voe alto, embora os que voam alto não sejam compreendidos. Quando alguém não é compreendido é temido e quando alguém é temido é criticado e condenado.

Alguma vez já pensou aonde vão as águias quando a tormenta vem? Aonde é que elas se escondem? Elas não se escondem. Abrem suas asas, que podem voar a uma velocidade de até 90km por hora, e enfrentam a tormenta. Elas sabem que as nuvens negras, a tempestade, e os choques elétricos podem ter uma extensão de 30 a 50m, mas lá em cima brilha o sol. Nessa luta terrível podem perder penas, podem se ferir, mas não temem e seguem em frente. Depois, enquanto todo mundo fica às escuras embaixo, elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima.

Finalmente, as águias também morrem, mas alguma vez você achou por aí um cadáver de águia? De galinha talvez, de cachorro ou de pombo, quem sabe até de um bicho do mato nessas extensas estradas de reservas ecológicas, mas cadáver de águia, você não encontra. Sabe por quê? Porque quando elas sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo. Procuram com seus olhos o pico mais alto, tiram as últimas forças de seus cansados corpos e voam aos picos inatingíveis e aí esperam resignadamente o momento final. Até para morrer elas são extraordinárias.

Talvez por isso o profeta Isaías compara os que confiam no Senhor a águias. Quem sabe hoje você tem diante de si um dia cheio de desafios. Alguns deles podem parecer impossíveis de ser vencidos, mas lembre: descanse no Senhor, passe tempo com Ele e depois parta para a luta, sabendo que além daquela tormenta brilha o sol. (Alejandro Bullon)

“Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Isaías 40:31).

MEDITAÇÃO

11 de outubro Quinta

Homem Sem Smoking

Quando o rei entrou para ver os convidados, notou ali um homem que não estava usando veste nupcial. E lhe perguntou: “Amigo, como você entrou aqui sem veste nupcial?” O homem emudeceu. Mateus 22:11, 12

Você já notou que as cerimônias de casamento, por mais que tenham sido meticulosamente planejadas e ensaiadas, geralmente são vítimas de alguma falha de última hora? Estávamos numa roda de amigos contando histórias de casamento (momentos muito divertidos) quando alguém contou o seguinte incidente de que foi testemunha. Podemos dizer que essa história ganhou o prêmio de melhor do dia:

Tudo estava pronto para o GRANDE EVENTO – os vestidos das damas de honra, os planos de viagem para a lua de mel, a recepção e assim por diante. Os padrinhos tinham tirado a medida para a confecção do smoking, que já havia sido entregue e levado para a igreja. Nada foi deixado para a última hora.

A lei de Murphy, porém, entrou em cena. Assim que os padrinhos chegaram para vestir o smoking, descobriram que faltava um. Na hora de pegar os trajes, de alguma forma um foi deixado na loja. Era domingo e a loja estava fechada.

O que fazer? Alguém olhou à sua volta, reparando especialmente nas medidas dos padrinhos, e teve uma ideia. A cerimônia começou no horário marcado, com dois padrinhos conduzindo os pais e avós dos noivos aos devidos lugares. Após uma pequena pausa, começou a entrada dos padrinhos e madrinhas e a cerimônia prosseguiu. Ao término, novamente houve uma pequena pausa, e então os dois primeiros padrinhos reapareceram para coordenar a saída dos convidados.

Minha amiga disse que ao longo de todo o evento havia um homem – nem sempre o mesmo – no quartinho do fundo da igreja vestindo apenas a roupa íntima!

A parábola de Jesus do banquete de casamento também possui um elemento surpresa. Na verdade, há uma série de surpresas. O rei promove um grande evento, mas os convidados rejeitam o convite. Ofendido, o rei ordena que os servos saiam de cidade em cidade convidando todos, bons e maus. O rei entra na festa e observa a cena. Um homem se destaca: ele não está vestindo o traje que o rei providenciou e é expulso do banquete.

Todos nós somos convidados para a grande cerimônia de casamento. Na verdade, não merecemos, mas somos convidados. Não sabemos o que vestir, mas o Rei providencia o traje apropriado, na medida perfeita!