segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Deus usa o inimaginável



Por que você acha que ele é cego? – perguntou um deles.

- Ele deve ter pecado.

- Não; é culpa da família dele.

- Jesus, o que você acha? Por que ele é cego?

- Ele é cego para mostrar o que Deus é capaz de fazer.

Os apóstolos sabiam o que vinha a seguir, pois já tinham visto aquela expressão nos olhos de Jesus. Sabiam o que Ele iria fazer, mas não sabiam como. “Relâmpago? Trovão? Um grito? Palmas?” Eles esperaram.

Jesus começou a mover a Sua boca. Os demais assistiam. “O que Ele está fazendo?” Ele movia a mandíbula como se estivesse mastigando algo.

Algumas pessoas começaram a se inquietar. Jesus simplesmente mastigava. Ele moveu sua mandíbula até que obteve o que queria. Cuspe. Simplesmente saliva.

Se ninguém fez isto, alguém deve ter pensado: “Urg!”

Jesus cuspiu no chão, colocou o dedo na lama e mexeu. Logo, aquilo se transformou em uma espécie de torta de lodo, e Ele espalhou um pouco dessa mistura sobre os olhos do homem cego.

Aquele que transformara uma vara em um cetro e um seixo e um projétil, agora transformava saliva e lama em um unguento para o cego.

Uma vez mais, os simples elementos do mundo se tornaram grandiosos. O inerte tornou-se divino, o comum tornou-se sagrado. Uma vez mais, via-se o poder de Deus não por meio da habilidade do instrumento, mas pela sua disponibilidade.

“Bem-aventurados os mansos”, explicou Jesus. Bem-aventurados os que estão disponíveis. Abençoados sejam os condutos, os túneis, as ferramentas. Mais do que felizes são aqueles que acreditam que se Deus usou varas, pedra e cuspe para fazer a Sua vontade, então Ele também pode nos usar.

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