quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Tenha sede!



Alguns preferem morrer a admitir. Outros admitem e escapam da morte.

“Deus, preciso de ajuda”.

Assim a sede vem. Somos um terreno imperfeito, unidos por sonhos partidos e promessas arruinadas. Fortunas que nunca foram feitas. Famílias que nunca foram construídas. Promessas que nunca foram mantidas. Crianças de olhos arregalados presas no porão dos nossos próprios fracassos.

E estamos com muita sede.

Não sede de fama, bens, paixão ou romance. Já bebemos destes bebedouros. Eles são água salgada no deserto. Eles não saciam a sede – eles matam.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”.

Justiça. É disto que estamos com sede. Estamos sedentos por uma consciência limpa. Ansiamos por uma ficha limpa. Almejamos um novo começo. Oramos por uma mão que entre na caverna escura do nosso mundo e faça por nós a única coisa que não podemos fazer por nós mesmos – tornar-nos justos outra vez.

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