segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PARA REFLETIR


Ganho Que É Perda


Será que o que você está ganhando não está sendo, na verdade, uma perda?




Das pessoas que seguiam a Jesus quando Ele viveu aqui na Terra, haviam os que faziam isto por motivos egoístas querendo bênçãos materiais "via" a bênção divina. Jesus veio a primeira vez para estabelecer o reino de Sua graça e não um reino humano político com riqueza material. Na parábola do rico insensato (Lucas 12:13-21), quando o materialista pediu a Cristo para interferir na divisão de terras, Ele disse: "Homem, quem Me pôs a Mim por juiz ou repartidor entre vós?" (v.14). A cobiça humana tentava desviá-Lo de Sua obra para resolver a briga sobre um pedaço de terra. Mas Jesus não podia ser distraído de Sua missão. Ele viera para pregar o Evangelho e, assim, despertar-nos para o senso das realidades eternas.
Na atitude de Cristo nesse caso há uma lição para todos os que ministram em Seu nome e para os que O querem seguir. Quando enviou os doze, disse: "E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai." Mat. 10:7 e 8. Não tinham que resolver as questões temporais do povo. Sua obra era persuadir os homens a reconciliar-se com Deus, obra que abençoa a humanidade. O único remédio para os pecados e sofrimentos dos homens é Cristo. Só o evangelho de Sua graça cura os males que amaldiçoam a sociedade. A injustiça do rico para com o pobre, e o ódio dos pobres para com os ricos, ambos têm a raiz no egoísmo, e este, só pode ser desarraigado pela submissão a Cristo. Só Ele substitui o cobiçoso coração do pecado pelo novo coração de amor. Coisa que é impossível pelo poder humano.
Nesta parábola, Cristo mostrou a loucura dos que fazem do mundo seu tudo. Este homem recebera tudo de Deus. Ao Sol fora permitido brilhar sobre sua propriedade; pois seus raios caem sobre justos e injustos. A chuva desce do céu do mesmo modo sobre maus e bons. O Senhor fizera que a vegetação florescesse e os campos produzissem abundantemente. O rico estava em perplexidade sobre o que devia fazer com a colheita. Seus celeiros estavam superabarrotados, e não tinha lugar para o excedente. Não pensou em Deus, que possibilitou todas as dádivas. Não reconheceu que Deus o fizera mordomo de Seus bens, para socorrer os necessitados. Tinha a abençoada oportunidade de se tornar distribuidor das bênçãos de Deus, mas só pensou em administrar ao próprio conforto.
A situação do pobre, do órfão, da viúva, do enfermo, do aflito, foi trazida à atenção desse rico. Havia muitos lares nos quais distribuir seus bens. Podia ele facilmente privar-se de uma porção de sua abundância e muitas famílias seriam libertas das privações, famintos poderiam ser saciados, vestido muito nu, muito coração alegrado, respondida muita súplica por pão e roupa, e uma melodia de louvor teria ascendido ao Céu. O Senhor ouvira a oração do necessitado, e em Sua bondade tomara providência para o pobre. Sal. 68:10. Havia na bênção outorgada ao rico abundante provisão para a necessidade de muitos. Cerrou ele, porém, o coração ao clamor do indigente, e disse aos servos: "Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te." Luc. 12:18 e 19. Vivia como se não houvesse Deus, nem Céu, nem vida futura; como se tudo que possuía lhe pertencesse, e nada devesse a Deus nem aos homens. Descreve o salmista esse rico, ao dizer: "Disseram os tolos no seu coração: Não há Deus." Sal. 14:1.
Mas "a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus". I Cor. 3:19. Vivendo para o próprio eu, rejeitou o amor divino, que fluiria em misericórdia para com seus concidadãos. Assim obrando, rejeitou a vida; porque Deus é amor, e amor é vida. Este homem escolheu o material em vez do espiritual, e com o material tem que sucumbir. Viver para si mesmo é perecer. A avareza, o desejo de beneficiar a si próprio, compromete a vida. É de Satanás o espírito de ganhar e atrair para si. De Cristo é o espírito de dar e sacrificar-se em benefício dos outros. "E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em Seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida." I João 5:11 e 12. "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui." Luc. 12:15.

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